quinta-feira, 21 de julho de 2016

História sem fim

Diz que tem medo
E quer distância do bicho papão
Será?!
Histeria sem fundamento
Soberba alva e insana
No silêncio dessa gritaria
Paira a nuvem do desespero
Não aceita
Perdeu poder e privilégios
Do alto do seu castelo
Restam frustrações e as lembranças
Dos tempos em que ele era sua única posse...
E o bicho papão?
Saiu da apatia
Despertou da utopia
Da falsa abolição
Enrustida de social ascensão...
Deixou a candura para trás
Entendeu o golpe da mistura
Enfureceu!
Escureceu!
Enfatizou!
Encrespou!
Enamorou!
Engrandeceu!
Elevou!
Constatou
Que amor preto é bom
Resistência e tradição
Afirmação da negação
Caminhar sozinho é solidão
Retomou suas riquezas
Encontrou sua mais valiosa joia
Se reconstruiu Rei
Me refiz Rainha
Seguimos
Enfrentando os embates do dia
Gingando as armadilhas mundanas
Trançando reinados de sonhos crespos
Edificando com solidez as relações
E olhando atento
Sempre para o mesmo horizonte
Carmen Faustino

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