terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Poesia - Sem culpa

Nessa confusão
De crenças rasas
E pouca empatia
Os corações
Batem cada vez mais lento
Pulsando só para manter vivo
O surdo melancólico do peito
Cansado de alimentar
Fomes vazias
Sedes sombrias
E punhos cansados
Os risos apáticos
E as mentes com dor
Não provocam mais euforia
É a inércia da alma
Nem alvoroçada
Nem calma
Não quero
Esse frio é quase morrer
Não sossega
Nem aquece o sono
Que revigora a vida
Olho o espelho
E vejo desejo
De amor e autonomia
Viver 
E poder mergulhar 
Inteira nas emoções 
Sem sentir culpa
Por ainda acreditar
Nos olhares e afagos sinceros...

CARMEN FAUSTINO